segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Começos I

No começo era o verbo,
words, words, words,
blá blá blá.

            No começo era o Sut me dizendo: li um conto daquele livro que eu peguei na casa da sua avó, aquele do Graciliano, é o conto que dá nome ao livro, Insônia, tô pensando puxar o TARJa pra fazer alguma coisa com ele, pensei no Ian, o conto é um cara que acorda no meio da noite, pode ser um monólogo com o Ian, pra apresentar no Festival de Niterói do ano que vem, tem um outro conto de um amigo do Ian que eu li também, que é um casal, pensei em chamar o Vito e Lara pra fazerem, não sei, estou pensando em coisas. E lembro do meu primeiro medo, resposta imediata: não pode ser declamação de texto literário em cena, o Ian dizendo o texto do Graciliano de maneira bonitinha, só de pensar nisso tenho calafrios. (Isso era ano passado, talvez agosto, ou setembro, mas teríamos cerca de um ano até o próximo Festival de Esquetes de Niterói, que costumava ser no meio do ano, julho, por aí.)
            Começamos a cercar o Ian. (Comecei. Meses depois, num ensaio, o Ian falou: eu lembro da Luísa andando atrás de mim e falando, o Sut quer te chamar pra fazer uma parada, e eu dizendo, tá, porque ele não me chama então? – Foi quando me dei conta de como a parada tinha me tocado desde o começo, de como eu queria que acontecesse) (o outro projeto com a Lara e o Vito não rolou) (ainda).


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