quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O que eu pensei quando ouvi pela primeira vez Para sempre em cima, de David Foster Wallace



Meu corpo decretou falência.

A voz quente vinha da direita, o sustentava.

A visão foi turvando, a luz fria riscando as palavras no papel e o prazer da palavra chegando no corpo, sustentando o corpo exausto, o roçar da linguagem no outro, o desejo da/na palavra, linguagem, a voz.

Eu quis morrer, levantar e andar sem dizer nada a ninguém, só pular do alto da UERJ. Que uma fossa súbita me tragasse. A superfície áspera. Curioso o Ian também falar em morte e um amor eterno por ele assomou.

E o pensamento/apavoramento que volta lá no meio, como era a frase?, repete pra mim?
Vontade de chorar e trepar e gozar e morrer e uma vontade louca de escrever.

PÁRA! PÁRA UM SEGUNDO!

Uma massa sonora bizarra em volta do corpo sustentado pela voz. O que estamos fazendo aqui? Parece impossível que todo mundo esteja realmente tão entediado.

Vamos para um quarto de motel, um hotel barato de estrada, fumar e trepar o dia inteiro numa cidade de interior dessas que você odeia, mas não vamos sair na rua, talvez hoje seja o seu primeiro dia realmente público. O papel acabando, o que ainda cabe aqui? Olá.

[Adeus]

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