Meu corpo decretou
falência.
A voz quente vinha da
direita, o sustentava.
A visão foi turvando, a
luz fria riscando as palavras no papel e o prazer da palavra chegando no corpo,
sustentando o corpo exausto, o roçar da linguagem no outro, o desejo da/na
palavra, linguagem, a voz.
Eu quis morrer,
levantar e andar sem dizer nada a ninguém, só pular do alto da UERJ. Que uma
fossa súbita me tragasse. A superfície áspera. Curioso o Ian também falar em
morte e um amor eterno por ele assomou.
E o
pensamento/apavoramento que volta lá no meio, como era a frase?, repete pra
mim?
Vontade de chorar e
trepar e gozar e morrer e uma vontade louca de escrever.
PÁRA! PÁRA UM SEGUNDO!
Uma massa sonora
bizarra em volta do corpo sustentado pela voz. O que estamos fazendo aqui? Parece impossível que todo mundo esteja realmente tão entediado.
Vamos para um quarto de
motel, um hotel barato de estrada, fumar e trepar o dia inteiro numa cidade de
interior dessas que você odeia, mas não vamos sair na rua, talvez hoje seja o
seu primeiro dia realmente público. O papel acabando, o que ainda cabe aqui?
Olá.
[Adeus]
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