A propósito, gosto do caos. Não só em algumas das fotos, mas em muito do que vi no domingo. Gosto do descolamento, mesmo ainda, como espectadora, não sabendo lidar muito bem com ele. Sempre tive a necessidade de ver/entender a unidade, e desde então, pensei que posso e devo mergulhar nesse caos e inventar a história que eu quiser, sem que isso seja necessariamente bom ou ruim. Perguntas do tipo "quem são?", "onde estão?" ou "por que são/estão?", podem ser muito mais interessantes e me levar pra muitos outros lugares do que afirmações como "são assim", "estão em tal lugar", "porque alguma coisa". Sair da zona de conforto é no mínimo corajoso. Eu tenho que embarcar no que me é proposto. Criar o sentido que eu quiser é no mínimo instigante, provocador. Existe muita imagem, muita relação, muito tato, muita escuta. O sentido deve vir em algum momento, naturalmente, e sem que ele seja o mote dessas relações. O que está criado, está criado. E pra mim, se sustenta, ainda que isso seja vago. O vago é bom, me dá a oportunidade de criar, de inventar, de imaginar, de fazer o que eu quiser com aquilo que está me contaminando. A pergunta poderia ser essa: Isso me contamina? É contagioso?
Tudo isso só porque foi uma experiência bem curiosa pra mim, e eu quis compartilhar aqui com vocês. Só divagando. Desconsiderem, se quiserem. :) Obrigada, gente.
Marcela Büll
Artista & Produtora Teatral
Companhia Terceiro Vetor
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